Sabe-se,
conforme nos aponta Andrade (2000), da necessidade contemporânea de se
trabalhar várias linguagens para expressão de sentimentos e pensamentos, sendo
a arteterapia uma dessas possibilidades. Atualmente acredita-se no poder que a
arte tem como promotora do desenvolvimento do ser humano como um todo,
possibilitando a este se expressar de forma livre, facilitando a melhor
compreensão de si e uma maior interação com o outro e com o meio que o
circunda. A partir disso, este trabalho visa apresentar um projeto piloto de
arteterapia realizado na Escola Especial Renascer – APAE/GAROPABA., com
as crianças de 0 a 4 anos da turma de Estimulação Essencial. Crianças que por
sua deficiência e falta de estimulo, acabam sendo privadas de vivências e
experiências , que geralmente uma crianças nesta idade vivencia no seu desenvolvimento humano. O projeto tem
por objetivo trabalhar conteúdos sensório-motores e conteúdos internos dos
educandos (tais como sentimentos, emoções, criatividade e relações sociais),
utilizando-se da arte como mediador deste processo. As intervenções são
realizadas utilizando-se de vivências artísticas por meio de materiais tais
como: tinta, texturas variadas (lixa, gelatina, entre outras), argila e
materiais colhidos durante saídas de campo realizadas com as crianças. Essas
vivências foram planejadas dando ênfase a construção de relações entre a cor e
sentimentos/emoções que esta pode promover (TOMASI, 2005). Este projeto ainda encontra-se em processo de
realização, sendo que os resultados são parciais, dentre os quais se pode
perceber que os educandos vem demonstrando maior tempo de atenção concentrada
na realização das atividades, bem como uma constante crescente na efetivação de
suas participações ao longo das vivencias. Já é possível, também, perceber
através das expressões dos educandos seus desejos e vontades, materiais e
texturas preferidos e preteridos.
Márcia Miranda
Barbosa Mello –Professora de Artes da Escola Especial Renascer
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