Escola Especial Renascer na 10ª Mostra Lutz
Duas maquetes chamaram a atenção no estande da Escola Especial Renascer, da APAE. Confeccionadas pelos alunos, elas mostravam a escola atual e o projeto do colégio do futuro - um sonho a ser concretizado em um terreno de 20 mil metros na Ressacada adquirido pela Renascer, que depende agora do apoio e da parceria de outras entidades para se tornar a sede de um novo espaço para o atendimento aos alunos. O projeto arquitetônico já está pronto.
A primeira maquete mostrava a escola atual. Cada foto com textos representava uma atividade feita nas salas de aulas. Por exemplo, o reaproveitamento de papel. Com jornal e revistas reciclados, surgem lindos bonecos, cestarias e quadros com mosaicos. Outro texto explicava que o material orgânico é compostado na horta da escola e transformado em substrato para utilização nas sementeiras e na produção de hortaliças.
A maquete da escola do futuro apresentou propostas de tecnologias amigáveis. O consultor Gelson Rigo, o Kiko, que trabalha com a APAE há seis anos, explicou que o objetivo do projeto é investir na potencialidade sustentável, desde a captação da água da chuva em função da grande dimensão do telhado, o aproveitamento da energia solar, e as entradas naturais de luz. Como o terreno adquirido pela escola não tinha vegetação, está sendo feita a recuperação da mata ciliar dentro da proposta da manutenção da reserva legal e a criação de um pomar com produção de frutíferas.
O projeto do novo colégio prevê uma estufa e um viveiro para a produção de mudas de plantas nativas, frutíferas e hortaliças, que poderão ser comercializadas com os produtores das redondezas. Haverá espaço para a criação de pequenos animais e um sistema de tratamento de esgoto através de zona de raiz. Está prevista também a criação de um pequeno lago para a recuperação da água que passa por dentro do terreno. E há ainda a ideia de construir pequenas cabanas que ficarão disponíveis para os estudantes de escolas de outros municípios se hospedarem no período de férias. Todas as cabanas serão adaptadas para garantir a plena acessibilidade.
"Queremos a construção de uma escola com mais qualidade, e com menos impacto ambiental. Com salas de aula, áreas de terapia ocupacional, de fisioterapia, de esporte, de hidroterapia. Enfim, é um sonho. Ao mostrarmos as maquetes, esperamos que mais pessoas se agreguem com ideias sustentáveis", disse Kiko. O presidente da APAE, Wanderley Paim da Silva, lembrou que a APAE só existe por causa dos alunos. "Chegou na APAE, tem que ser muito bem atendido", afirmou Silva.
Recentemente, a Escola Especial Renascer recebeu um prêmio do Conselho de Educação em reconhecimento pelo projeto Frutificar, que consiste na produção de árvores frutíferas no viveiro e na estufa da escola pelos alunos. Estas mudas, depois de prontas, foram distribuídas ao longo das ruas no entorno do colégio. Em três anos de projeto, foram plantadas cerca de 2 mil mudas. Muitas sementes foram coletadas nos quintais das casas dos vizinhos. Os que não tinham frutíferas dentro do seu pátio, ou na frente da sua casa, adotaram a mudinha doada pela escola. No documento de adoção constava o nome científico da planta, o apelido dado pelos alunos no momento do plantio e o compromisso de quem estava ganhando de assumir, a partir daquele momento, o cuidado com a árvore próxima a sua casa.
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